quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Jimi Hendrix

James Marshall Hendrix, mais conhecido como Jimi Hendrix nasceu em Seattle em 1942. Hendrix é reconhecido como um dos melhores guitarristas de sempre mas foi também cantor e compositor. Mas de facto foi na guitarra que se destacou e que alcançou o patamar de ídolo. O seu gosto por amplificadores distorcidos e crus, dando ênfase ao ganho e aos agudos, ajudou a desenvolver a técnica, da microfonia. Para além disso, Hendrix foi um dos músicos que popularizou o pedal wah-wah no rock popular, utilizando-o frequentemente para dar um timbre exagerado a seus solos. Com estas técnicas inovadoras e com o seu talento natural Hendrix levou o papel do guitarrista para outro nível .

É ainda útil referir que Jimi Hendrix foi uma das principais figuras no Festival de Woodstock em 1969, fazendo parte de um dos momentos mais importantes da História da música e da emergente cultura hippie.

Das muitas músicas de Hendrix as mais populares são "Purple Haze", "All Along the Watchtower", "Hey Joe" entre outras.




Deixamos aqui um video de Jimi Hendrix a tocar "Purple Haze"




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Freedom Writers

Freedom Writers, em português Páginas da Liberdade. Aconselhamos este filme pois aborda os vários problemas existentes em bairros sociais, que vão sendo ultrapassados por uma união forte. Por isso, assistam ao filme e captem as lições de vida que o mesmo vos dá.
Sinopse
A duplamente galardoada com um "Óscar da Academia" Hilary Swank brilha nesta apaixonante história sobre jovens vindos de bairros degradados, criados no meio de tiroteios e de um ambiente violento, e uma professora que lhes dá o que eles mais precisam: uma voz própria. Largada na "zona de tiro" de uma escola dilacerada pela violência e pela tensão racial, a professora Erin Gruwell trava uma batalha para fazer com que a sala de aulas passe a ter importância nas vidas destes estudantes. Agora, contando as suas próprias histórias e ouvindo as histórias dos outros, um grupo de jovens, supostamente "incorrigíveis", irá descobrir o poder da tolerância, reclamar as suas vidas despedaçadas e mudar os seus mundos. Com desempenhos electrizantes por parte de um elenco de estrelas, em que se inclui o vencedor do Globo de Ouro Patrick Dempsey (Anatomia de Grey) e a estrela de música Mário, Páginas de Liberdade é baseado no aclamado best-seller, The Freedom Writers Diary.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Agradecimento

Neste último mês tivemos ausentes pois realizámos exames a duas disciplinas e, como tal, o tempo não sobrou. Mas agora nas férias esperamos estar mais activos neste blogue que tanto significa para nós.
Já agradecemos a todos, mas queríamos dizer um OBRIGADA/O à nossa Professora, Germina Alves. A verdade que tanto em Área de Projecto, como em História não tivemos uma professora mas sim uma companheira e amiga que nos ajudou em tudo e que conversou bastante connosco. Foi devido a ela que conseguimos realizar este projecto e torná-lo atractivo. Queremos com isto dizer que este projecto não foi só da Vanessa e do João mas, também, foi da Professora Germina Alves que se interessou e empenhou com novas dicas e sugestões. Que fez do nosso projecto um motivo de conversa e debate entre os três.
A Professora ajudou-nos também nas nossas decisões de futuro com as longas conversas sobre os temas da actualidade e sobre o estado do ensino em Portugal. Fez-nos reflectir sobre o que iríamos fazer a seguir.

Por tudo isto e muito mais OBRIGADA/O "Germininha"!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Conclusão do Trabalho

Após um ano de trabalho e esforço chegámos ao fim do nosso trabalho e apresentámo-lo a semana passada, sendo que na apresentação contámos com a presença não só dos nossos colegas mas também de algumas professoras convidadas . Na nossa opinião a apresentação correu muito bem e tivemos oportunidade de chegar aos nossos colegas e professores com este tema.

Quanto ao Blog decidimos mantê-lo mesmo com a conclusão do projecto, já que o tema que tratámos é bastante actual e vai ao encontro dos nossos gostos. Pretendemos ir actualizando o Blog talvez não com a mesma frequência mas iremos fazer um esforço para não ficar desactualizado.

Posto isto, gostaríamos de agradecer a todos os que contribuíram para o nosso projecto : ao Ikonoklasta por nos ter concedido a entrevista, que enriqueceu bastante o trabalho, a todos os que responderam ao nosso Inquérito e um agradecimento muito especial à nossa Professora Germina Alves pelas ideias e apoio que nos deu.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Entrevista - Ikonoklasta


Ikonoklasta é o nome de um dos melhores MC's de Angola que conta já com vários mp3chos (músicas) e maquetes produzidas, pois segundo palavras do próprio "nao tenho album nem tenho pressa de ter". Para além disso tem várias participações em albuns de MC's portugueses como Valete ou VRZ .
É ainda de frisar que mesmo sem albuns produzidos e com poucas condições este MC tem músicas excelentes com letras fortes e conscientes que nos alertam para o mal da sociedade.


Tendo em conta o seu talento e as suas ideias, que vão ao encontro do objectivo do nosso trabalho, enviámos-lhe um pedido para uma entrevista e ele aceitou. Achámos então útil publicá-la aqui no Blogue para também dar a conhecer as ideias deste MC que são bastante interessantes.

Entrevista a Ikonoklasta
Hoje em dia, com o processo de globalização, os fluxos migratórios têm-se acentuado, o que leva a que as diferentes culturas tenham uma maior interacção e, por sua vez, exista uma maior mistura entre as mesmas. A música é disso um exemplo. É sobre esse mesma mistura que vamos focar a entrevista, fazendo a ligação com o hip-hop.

1.Existem cada vez mais minorias étnicas (imigrantes nomeadamente) nos países desenvolvidos. Como achas que a chegada de imigrantes contribui para enriquecer um país?
Nas grandes metrópoles, só os cidadãos que se esforçam para ser pitosgas “desconseguem” de ver a contribuição do imigrante para as suas sociedades. O imigrante faz TODOS os trabalhos que os locais consideram ser do mais baixo escalão, tudo aquilo que não estejam dispostos a fazer seja por menos aptidão física, seja por uma questão de estatuto. Sem imigrantes a construcção civil na Europa estagnaria. Depois, aprecie-se a concentração de imigrantes no segmento da limpeza e a desproporção local/estrangeiro é flagrante se tivermos em conta o universo da população. Isso quer dizer que a Europa seria mais suja sem os imigrantes? Não necessariamente, mas os custos para o saneamento básico seriam muito mais elevados já que, nas suas terras respectivas, poucos europeus se sujeitam a trabalhar nessas áreas pelos salários praticados. Há mais um aspecto muito importante e, parece-me a mim, PROPOSITADAMENTE ofuscado no tema da imigração, que é o facto sustentado estatisticamente da sua contribuição inestimável na taxa de natalidade dos países europeus que estavam a tornar-se progressivamente mais velhos, o que viria complicar sobremaneira o sistema da segurança social, onde os activos sustentam os reformados. Países como a Alemanha chegaram a meter em prática sistemas de incentivo à natalidade porque a situação se estava a tornar preocupante. Por isso, bem hajam os imigrantes.


2.Hoje em dia associa-se mais kizomba, funaná, kuduro (etc) à música africana. Porém, o hip-hop, rap é muitas vezes associado a “musica de pretos” (desculpem-nos a expressão) e não sendo “música africana”. Porque razão achas que isso acontece? Achas que é uma expressão ultrapassada e preconceituosa?

Isso é um problema das pessoas que fazem esse tipo de associação, eles lá sabem que tipo de educação tiveram, ou não. Música africana em geral é sempre rotulada de música de pretos, pois África continua a ser vista como o continente dos pretos, o continente “escuro”. Se é ultrapassada e preconceituosa? Ultrapassada pelos vistos não é né? Se ainda há quem escolha empregar esse tipo de vocabulário redutor para a definir. Preconceituosa indiscutivelmente, mas aí também podemos entrar num debate filosófico sobre o que é o preconceito. Dividindo a música por géneros e associá-los a um certo tipo de pessoa que se veste de maneira A ou B, não estamos já a incorrer nesse mesmo preconceito? Deixem lá estar quem é limitado e vê as coisas tão curtas. Não poderão saborear a felicidade do esclarecimento.

3.O que pensas da actividade de intervenção social realizada pelo hip-hop?Consideras que a tua música tem essa vertente social?

Eu gostaria de pensar que sim. Mas eu acho que os artistas se acomodam demais no “faço a minha parte fazendo música, despertando mentes que supostamente irão agir em conformidade com a palavra que apregoo”. Cansam-me os discursos. Eu gosto de ver coisas concretas como faz o Chullage por exemplo, envolvendo-se com a comunidade de uma maneira mais CARNAL. Acho que nesse aspecto eu e a minha música ainda temos um longo caminho a percorrer, assim como a maior parte dos suspostos “revolucionários” de truta e meia, os pretensiosos músicos que acham que estão a mudar a sociedade com as suas palavras.

4.Como explicas o nascimento e o desenvolvimento do hip-hop em zonas mais desfavorecidas e diversificadas culturalmente, nomeadamente em bairros sociais?

As coisas não têm de ser explicadas. Elas são normalmente espontâneas. A arte sempre foi uma maneira de as pessoas extravasarem o que não conseguem exprimir tão bem em palavras e, nesse sentido, sempre foi um reflexo da vivência do seu praticante. O Hip Hop nasceu no sítio mais natural possível assim sendo e sem grandes explicações históricas que contextualizem a sua aparição, vamos ficar por isso mesmo: nada mais natural do que uma forma de expressão dos oprimidos nascer onde os oprimidos se congregam.

5.Quais foram as convicções que te levaram a enveredar pelo hip-hop?

“Ódio pela outra banda não é motivo para nada” (auto-quote). Não foram convicções nenhumas. Aos 13 anos não se tem convicções, só um bocado de parvoíce, excesso de confiança e amor pela música.

6.É possível dizer que o hip-hop é mais ouvido, em Portugal, e tem abrangido um maior número de pessoas. A que achas que se deve isso?

Os Os malucos que organizavam as pequenas festas, que fundaram o movimento, que iam ao (extinto?) Ritz em Lisboa ou ao Hard Club no Porto, esses malucos já são pais. Já são pelo menos duas gerações de existência do género em Portugal. O facto da música se ter tornado bastante mais séria, adulta, consequente e credível terá também muito a ver, mas vamos dar crédito onde ele é merecido, existe um artista singular que quase sozinho expandiu o universo de ouvintes para proporções dantescas: o Sam the Kid. É talvez o artista hip hop mais completo do panorama lusófono, e mesmo tendo as suas “carecas”, consegue reunir em si uma panóplia tal de ingredientes que o mais cáustico dos críticos é forçado a reconhecer-lhe “alguma coisa”.



7.Consideras que hoje em dia o hip-hop tem influências várias? Tem-se dito que o hip-hop tem ganho novas sonoridades com introdução de novos instrumentos. Achas que o hip-hop deve seguir essa linha de diversidade?

Tem sim senhor. Ainda bem. A música deve estar PURGADA de puristas para que não estagne. Se o Hip Hop não tivesse influências várias e não continuasse a evoluir (provavelmente para dar nascença a afluentes mais tarde) hoje ainda estaríamos todos a fazer Planet Rocks e The Messages.



Nós agradecemos muito ao Ikonoklasta por nos ter respondido e dado a sua visão e opinião, estas serão uma mais-valia para o nosso trabalho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Malcolm X


El Hajj Malik El Shabazz conhecido em todo o mundo por Malcolm X, nasceu a 19 de Maio de 1925. Foi um activista defensor dos direitos dos negros nos Estados Unidos da América.

Na sua ideologia, Malcolm X defendia o uso da violência para combater o racismo por parte da população branca. Além disso, essa ideologia tinha uma forte carga religiosa (islâmica) e, numa fase mais evoluída, assentava numa base socialista.

Deste modo, aqui deixamos uma citação de Malcolm X em relação ao porquê da defesa da supremacia negra, e à diferenciação entre "escravos negros de casa e os de campo".
Além disso, deixaremos excertos em vídeo de vários discursos deste activista em que defende o uso da violência para criar uma sociedade equalitária e não racista.

«Durante um programa de grande audiência de uma rede de TV americana, Malcolm X foi questionado pelo professor universitário afro-americano Dr.Payson.

Dr.Payson: - Por que ensina a supremacia negra? Por que ensina o ódio?
Malcolm X: - Um branco pergunta ao negro porque o odeio, é como o violador perguntar à violada: “Você me odeia?”. O Branco não está em posição moral para acusar o negro de nada.
Dr.Payson: - Mas é um negro que te faz a pergunta.
Malcolm X: - Quem chamaria você de negro com diploma de formação superior? E o que os brancos te chamam. É preciso entender o raciocínio, e para isso, é necessário saber que, historicamente, havia duas espécies de escravos: o negro da casa e o do campo. O negro da casa vivia junto do senhor, na senzala ou no sótão da casa grande. Vestia-se, comia bem e amava o senhor. Amava mais o senhor que o senhor o amava a ele. Se o senhor dizia: “Temos uma bela casa”. Ele respondia: “Pois temos”. Se a casa pegasse fogo, o negro da casa corria para apagar o fogo. Se o senhor adoecesse, dizia “estamos doentes”. Se um escravo do campo lhe dissesse: “ vamos fugir desse senhor”, ele respondia: “existe uma coisa melhor do que o que temos aqui?”. “Não saio daqui.” O chamávamos de negro da casa. É o que lhe chamamos agora, porque ainda há muitos pretos de casa.»
Malcolm X - Por qualquer meio necessário



Assim, gostaríamos que aqui deixassem a vossa opinião em relação à ideologia defendida por Malcolm X.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Arte Tradicional Africana

A cultura e arte africana são bastante variadas e únicas, e apesar de no passado reflectirem a influência colonial, África começou a partir dos anos 90 a recuperar a sua identidade cultural e a soltar-se das influência europeias que até então tinham suprimido e posto à margem a riquíssima cultura africana.

Deste modo a arte tradicional africana ganhou uma maior independência e sendo que representa de uma forma magnifica a beleza do Continente africano não é de espantar que se continue a reproduzir e a evoluir bastante.

Temos como exemplo dessa arte, as máscaras africanas, de grande significado religioso e cultural; a pintura que revela como que uma biografia de África e ainda a escultura que também desempenha um papel importante na representação de tudo o que é o Continente Africano.

E nada melhor do que deixar algumas imagens para comprovar com os próprios olhos a beleza e o significado místico da arte africana.






Se desejarem ver mais imagens aconselhamos a clicar aqui




quarta-feira, 31 de março de 2010

Jesse Owens e uma conquista histórica



Jesse Owens, nascido em Oakville em 1913 , foi um grande atleta afro-americano e para além disso foi lider civil afro-americano .
Um dos seus grandes feitos ou talvez o que marcou mais o mundo, foi a sua participação nos Jogos Olímpicos de 1936 que decorriam na Alemanha (durante o regime nazi). Como se sabe Hitler defendia uma raça superior, a raça ariana, e todas as outras pessoas que não correspondessem ao aspecto ariano eram postas de lado e alvo de violência e segregação. Tendo esta linha ideológica Hitler viu nos Jogos Olímpicos de 1936 a grande oportunidade de afirmação da dita raça "pura".
Mas, apesar de terem sido os alemães a ganharem a grande parte das medalhas (33 medalhas) , Jesse Owens contrariou todas as ideias nazis que defendiam que todas as raças não arianas eram inferiores e que não tinham qualquer capacidade dita "superior". Jesse conquistou 4 medalhas de ouro e humilhou Hitler no seu próprio país. O choque foi tal que Hitler, que tinha de cumprimentar os vencedores das modalidades, saiu do estádio Olímpico .
Ora este feito concretizado por Jesse Owens, é uma das muitas provas de que raças superiores não existem, somos todos iguais independentemente da cor da pele, e todos nós com esforço e dedicação conseguimos realizar algo importante no mundo.
Para um maior conhecimento acerca de Jesse Owens , clique aqui

Novos tempos

Há umas décadas atrás, os países ditos desenvolvidos deparavam-se com problema de fraco desenvolvimento das mentalidades. Países como os EUA atraíam milhares de pessoas de todos os cantos do mundo, no entanto tinham uma grande parte da sua população que simplesmente não aceitava essa chamada "invasão de imigrantes".

O problema centrava-se nesse ponto: os países economicamente e, até, politicamente estavam nos momentos áureos do processo de desenvolvimento mas parte da sua população não aceitava pacificamente os imigrantes. Assim, foi-se gerando um certo mal-estar relativamente aos mesmos , uma vez que estes não eram aceites socialmente, mesmo sendo a sua ajuda imprescindível para esse dito desenvolvimento.

Todo o imigrante ou descendente não era, muitas vezes, considerado um cidadão desse país, eram apenas trabalhadores. Mas a "invasão" foi de tal modo que as mentalidades foram-se adaptando às novas realidades e acabaram por aceitar os imigrantes ( pelo menos a maioria acabou por aceitar). Afinal, muitos desses países tinham se formado com apoio dos imigrantes que vinham das suas ex-colónias. Somos então da opinião de que devido a tudo que os emigrantes fizeram, deviam ser aceites, pois sejam eles asiáticos,africanos ou mesmo europeus, estes realizaram e realizam um papel muito importante no desenvolvimento do mundo.
Existem muitos casos de discriminação , mas nós queremos acreditar que a situação de imigrantes e pessoas culturalmente diferentes tem vindo a pouco e pouco mudando, graças à sua crescente integração, à sua luta por direitos iguais, à sua participação na sociedade....

Uma recente "prova" de que a situação tem vindo a mudar, foi a eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da América. Foi um feito, um negro filho de imigrantes ter chegado à presidência. Um feito que nos faz acreditar que, um dia, distinções por raça, cor, credo (..) não afectarão negativamente as sociedades mas, sim, positivamente para enriquecer as mesmas através de ideias, obras, culturas, hábitos.

Afinal como muito se diz (mas que na realidade muitos não agem de acordo a tal) "todos diferentes, todos iguais". Como tal, todos numa sociedade desde que contribuam para o desenvolvimento da mesma (de variadas formas), devem ter direitos e de participar na vida política, cultural e económica de um país de igual forma. E nós devemos lutar por essa igualdade e, como disse Obama, "Yes, we can". Nós podemos fazer as mentalidades evoluírem para que aceitem as pessoas como elas são.

terça-feira, 30 de março de 2010

Oscar Micheaux

Oscar Devereaux Micheaux nascido no ano de 1884, é considerado o primeiro afro-americano a realizar filmes e a intervir na sociedade através desses mesmos filmes uma vez que tinham um cariz racial e social.

Filho de antigos escravos Oscar desde cedo começou a trabalhar, contudo começou a intervir na sociedade na sua juventude. Tentando combater os estereótipos sobre os autores e editores negros, criou a sua própria editora, vendendo assim os seus livros porta a porta.

Porém o seu interesse foi maior pelo mundo do cinema (que à pouco tempo tinha sido criado), e em 1919 criou a sua própria companhia de cinema tendo como primeira obra um filme mudo de nome The Homesteader, protagonizado pela actriz afro-americana Evelyn Preer. Com este filme, escrito, dirigido e produzido por ele mesmo, Oscar Micheaux tornou-se o primeiro afro-americano a realizar um filme. Depois deste filme muitos outros se seguiram, no entanto Oscar Micheaux continuou a superar barreiras uma vez que conseguiu ser o primeiro afro-americano a realizar um filme para ser exibido no cinema “branco”.

A principal ideia a tirar deste homem, de nome Oscar Devereaux Micheaux, é que é sempre possível ultrapassar as barreiras raciais e todos nós devemos mostrar essa vontade. Micheaux viveu em tempos bastantes difíceis, no entanto esforçou-se e conseguiu manifestar-se e criticar a sociedade que na altura era bastante racista através dos seus filmes. Os seus filmes foram o meio para tentar atingir o fim (quebra de barreiras raciais).

Assim sejamos nós brancos, negros, asiáticos, qualquer que seja a nossa raça, devemos intervir na sociedade para que estas correntes do racismo se quebrem.


Mais informações aqui.

Conceito de Cultura

Aqui neste blogue falamos de cultura. As origens, as tradições, os efeitos nas sociedades. Porém, o conceito de cultura é muito abrangente, vasto e até, muitas vezes, mal interpretado.
Por isso, queremos deixar-vos aqui a nossa definição de cultura. E ao que nos referimos ao falar de cultura.

É uma palavra latina com a mesma raiz de cultus (cultivo e culto), do verbo colo, aplicado a domínios tão diversos como os campos (colere agros), as letras (vitteras) e amizade (amicitiam). Cícero utiliza a expressão sese excolere ad humanitate, ou seja, cultivar a humanidade e para a humanidade.

A cultura pode ser considerada o que o ser humano produz intelectualmente, ou seja, com a sua inteligência e racionalidade. Assim, criam-se tradições, costumes e valores éticos que passam ao longo das gerações e, assim, cada sociedade tem uma cultura diferente com hábitos próprios.
De acordo com as várias definições que analisámos, a cultura é acção que Homem exerce no meio e em si próprio, que influencia o seu dia-a-dia e a sua maneira de ser e de pensar. Ao longo dos tempos, o ser humano evoluiu e transformou-se, porém os seus hábitos tendem a adaptar-se às novas concepções do mundo, só que os seus princípios basilares mantêm-se intactos. Além disso, a cultura de um sociedade e/ou um povo são transmitidas aos descendentes como uma memoria colectiva, porque a cultura surge como um elemento social e não se pode desenvolver individualmente.
Para nós, a cultura é isso mesmo, o que distingue os povos ou nacionalidades. A cultura está em todos os elementos de um povo e, não só, como geralmente é sugerido, nos intelectuais. Cultura é um factor colectivo e ela é desenvolvida e enriquecida tanto pelos hábitos de dia-a-dia que vão evoluindo como pela arte, literatura, música, dança. A cultura é um elemento que une um povo e que os distingue dos demais.
O conceito de cultura é muito ambíguo, todavia tentámos construir um conceito sobre o nosso entendimento à cerca do significado de cultura.


(Para construirmos este conceito, consultámos diversas enciclopédias, e texto de especialistas. Por isso, ao longo deste texto são visíveis essas mesmas consultas)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ondjaki


Ondjaki nasceu em Luanda, Angola a 1977. Estudou em Lisboa e licenciou-se em sociologia.
É um prosador e poeta que tem vindo a ser reconhecido, pelo que já ganhou alguns prémios, entre os quais o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. Além disso, os seus livros estão traduzidos em diversas línguas.
Deixamo-vos aqui um dos poemas que compõem o livro "Actu Sanguíneu", de modo a incentivar a leitura deste escritor angolano que cada vez mais assume maior importância na literatura lusófona.
Desfrutem.
Clique aqui para ler mais poemas do livro "Actu Sanguíneu".

V

voto na pomba.
azul, preferencialmente.
que a paz do branco está gasta
e triste,
e o azul me invoca o céu,
porta do que não viste.
voto no corvo;
gritante, matinalmente.
de suas espessas penas
onde o negro me reboca ao veludo,
braço macio para quase tudo.
voto no jacó;
mas que fosse mudo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Valete- Pela Musica pt. 2

Valete é um MC português, que iniciou a sua carreira em 1997, ligado ao movimento hip-hop português. Biografia completa de Valete aqui.
Esta musica que aqui vos apresentamos retrata a situação da musica em Portugal e a influência que as editoras têm no panorama musical. no fundo, esta música com o Ikonoklasta e com o Sam the Kid, critica a vulgarização da música e como a aparência têm mais importância do que o trabalho desenvolvido. Neste vídeo está a letra da música que serve para melhor compreensão da mensagem transmitida.


Valete com Sam the Kid e Ikonoklasta- Pela Música pt2

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Killing me Softly with his song- Fugees

Agora fica a versão hip-hop do grupo Fugees da música "Killing me softly with his song".

Killing me Softly with his song- Roberta Flack

Aqui fica a música em género soul "Killing me softly with his song" de Roberta Flack.

"Killing me softly with his song"


















"Killing me softly with his song", uma música com muito êxito, foi escrita por Charles Fox e Norman Gimbel, baseando-se no poema "Killing Me Softly with His Blues" de Lori Lieberman, que foi inspirado numa actuação de Don McLean. Esta música tem várias versões, sendo que a primeira foi gravada por Lori Lieberman. A música teve maior sucesso com a interpretação de Roberta Flack em 1973, uma cantora de Soul com influências de Jazz, R&B, e até mesmo de música clássica. Outra versão que teve um enorme sucesso foi a do grupo de hip-hop Fugees, em 1996 sendo que a música foi a . Uma música inspiradora que já foi gravada em vários géneros musicais. Assim, conseguimos ver a dimensão da música e como esta consegue abranger um grande número de apreciadores de diferentes estilos musicais.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Nós também temos um sonho...

"I have a dream..." Disse Martin Luther King. "We gonna work it out" diz a musica do Common com o Will.i.am. É essa a questão, nós com o nosso projecto pretendemos derrubar algumas barreiras que ainda possam existir, barreiras entre a cultura ocidental e a cultura africana. Barreiras que existam entre todas as culturas, devem ser extintas.
Afinal, num mundo cada vez mais globalizado, num mundo que hoje se torna numa aldeia global, a miscigenação, a mistura e a troca de experiências entre culturas deve ser vista como um caminho para um desenvolvimento e para uma abertura das mentalidades.
A cultura e costumes devem ser preservados porém, as culturas devem-se abrir ao exterior.
O multiculturalismo é uma realidade que estimula toda uma interacção entre culturas distintas. No nosso ponto de vista, é importante essa interacção para que países, culturas, religiões não se tornem fechados ao exterior. No fundo, pode-se misturar culturas criando novos meios de expressão, ou podem-se manter longe de qualquer mistura mas, mantendo essa interacção com vista a que o mundo seja cada vez mais liberto de estereótipos e preconceitos que limitam as relações entre culturas distintas.
Nós também temos um sonho... queremos que o mundo não tenha barreiras ideológicas e culturais que possam prender o espírito às pessoas. Mantenham-se culturas, mas quebrem-se barreiras entre elas, é isso que desejamos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Música- Common


Common é um rapper norte-americano, nascido em Chicago a 13 de Março de 1972. É reconhecido no mundo da música pelas suas letras interventivas com carácter espiritual , defendendo a igualdade de direitos e o amor entre os povos. No fundo, as suas musicas transmitem uma mensagem muito forte como é o caso desta musica que vos deixamos aqui. Esta música é baseada no discurso proferido por Martin Luther King e no seu desejo de igualdade.

Clique para mais informações.

Common com Will.i.am - A Dream



sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"I have a dream..." de Martin Luther King




"Cem anos mais tarde, a vida do Negro ainda está tristemente entrevada pelas amarras da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o Negro vive numa triste ilha de pobreza, no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o Negro ainda definha nas margens da sociedade americana e encontra o exílio na sua própria terra.

Por isso viemos aqui hoje para mostrar o dramatismo de uma situação chocante. Num dado sentido, podemos dizer que viemos descontar um cheque à capital da nossa nação. Quando os arquitectos da nossa república escreveram as maravilhosas palavras da Constituição e da Declaração da Independência, estavam a assinar uma promissória que obriga todo o americano.

Esta promissória era a promessa de que a todos os homens seriam garantidos os direitos inalienáveis da vida, da liberdade e da busca da felicidade. É óbvio que hoje a América falhou no cumprimento dessa promissória no que diz respeito aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar essa obrigação sagrada, a América deu ao povo Negro um cheque sem cobertura, que foi devolvido com a indicação de "não ter fundos suficientes". Mas recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça esteja na bancarrota. Recusamo-nos a acreditar que não há fundos suficientes nos grandes cofres da oportunidade desta nação.

Por isso viemos descontar este cheque - um cheque que nos dará as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos a este local sagrado para recordar a América da urgência do agora. Não é tempo para aceitar o luxo do esmorecer ou de tomar a droga tranquilizante do gradual. Agora é o tempo de nos erguermos do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é o tempo de abrir as portas da oportunidade a todos os filhos de Deus. Agora é o tempo de libertar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial e alcançar as rochas sólidas de fraternidade.

Seria fatal para a nação ignorar a urgência do momento e subestimar a determinação do Negro. Este Verão abrasador do descontentamento legítimo do Negro não passará até chegar o Outono revigorante da liberdade e da igualdade. 1963 não é um fim, mas um princípio. Aos que esperam que ao Negro bastasse descomprimir e que agora se irá contentar espera-os um rude acordar, se a nação regressar às tarefas do dia-a-dia. Não haverá descanso ou tranquilidade na América até que ao Negro sejam garantidos os seus direitos de cidadania.

Os turbilhões da revolta continuaram a abalar as fundações da nação até que nasça o dia claro da justiça. Mas há algo que tenho de dizer ao meu povo que está no morno limiar da porta que leva ao palácio da justiça. No processo de alcançarmos o lugar que nos é devido, não podemos ser culpados de actos errados. Não procuremos saciar a nossa sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio.

Temos de conduzir sempre a nossa luta no plano elevado da dignidade e da disciplina. Não podemos deixar que a criatividade do nosso protesto degenere em violência física. Uma e outra vez temos de nos levantar às alturas em que a força da alma combate a força física.

Esta maravilhosa nova militância que envolveu a comunidade Negra não nos pode levar à desconfiança de todos os brancos, pois muitos dos nossos irmãos brancos, como se pode ver pela sua presença aqui, hoje, já se aperceberam de que o seu destino está ligado ao nosso destino e que a sua liberdade está inextricavelmente ligada à nossa liberdade.

Não podemos caminhar sozinhos. E ao caminharmos, temos de fazer o juramento de caminharmos para a frente. Não podemos voltar atrás. Há os que perguntam aos lutadores pelos direitos civis: "Quando é que estarão satisfeitos?", nunca poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com o esforço da caminhada, não possam alojar-se nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Não podemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do Negro for ir de um ghetto pequeno para um maior.
Nunca poderemos estar satisfeitos enquanto um Negro do Mississippi não puder votar e um Negro de Nova Iorque acreditar que não tem em quem votar. Não, não estamos satisfeitos, e não estaremos satisfeitos enquanto a justiça não correr como a água e a integridade não correr como um poderoso rio.

Não ignoro que muitos de vós vieram aqui com grandes dificuldades e tribulações. Alguns de vós acabaram de sair de celas estreitas. Alguns de vós vieram de locais onde a vossa busca pela liberdade vos deixou abatidos pelas tempestades das perseguições e arrasados pelos ventos da brutalidade policial. Vós fostes os veteranos do sofrimento criativo. Continuai a trabalhar com a fé de que o sofrimento injusto é redentor.

Voltai para o Mississípi, voltai para o Alabama, voltai para a Geórgia, voltai para o Louisiana, voltai para os ghettos e os pardieiros das nossas cidades do Norte, sabendo que, de algum modo, esta situação pode mudar e mudará. Não entremos no vale do desespero. Digo-vos hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho que tem raízes fundas no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá a verdadeira altura do seu credo: "Cremos que estas verdades são evidentes: todos os homens são iguais".
Eu tenho um sonho que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos se sentarão juntos numa mesa de fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, mesmo o Estado do Mississípi, um Estado-deserto, queimado pelo calor da injustiça e da opressão, se transformará num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que um dia os meus quatro filhos viverão numa nação onde não serão julgado pela cor da sua pele, mas pela força do seu carácter.
Eu hoje tenho um sonho.
Eu tenho um sonho que um dia, o Estado do Alabama, onde os lábios do governador deixam presentemente pingar as palavras da interposição e da anulação, se transformará numa situação em que os rapazinhos e as raparigas negras poderão dar as mãos a rapazinhos e raparigas brancas, e caminharão juntos como irmãos.
Eu hoje tenho um sonho.
Eu tenho um sonho que um dia cada vale se elevará e cada colina e montanha se aplanará, os locais agrestes serão alisados e os locais tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor se revelará, e todos o verão.
Esta é a nossa esperança.
Esta é a fé com que regressarei ao Sul.
Com esta fé transformaremos a montanha do desespero numa pedra de esperança.
Com esta fé transformaremos o desafinar de uma nação numa bela sinfonia de fraternidade.
Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, erguer-nos pela liberdade juntos, sabendo que um dia seremos livres.

Esse será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "Meu país, é tua, doce terra da liberdade, eu te canto. Terra onde os meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, que, de cada lado da montanha, ecoe a liberdade". E se a América tiver de ser uma grande nação, isto terá de se tornar verdade. Por isso, que a liberdade ecoe do alto cume das colinas de New Hampshire.
Que a liberdade ecoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.
Que a liberdade ecoe das montanhas Alleghenies, da Pensilvânia!
Que a liberdade ecoe das Rockies, as montanhas nevadas do Colorado!
Que a liberdade ecoe dos picos da Califórnia!
Mas não basta: que a liberdade ecoe da Stone Mountain da Geórgia!
Que a liberdade ecoe da Lookout Mountain, do Tennessee!
Que a liberdade ecoe de cada colina e cada elevação do Mississípi.
Que, de cada lado da montanha, ecoe a liberdade.

Quando deixamos ecoar a liberdade, quando a deixamos ecoar de cada vila e de cada aldeia, de cada Estado e de cada cidade, apressamos o dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, darão as mãos e cantarão o antigo espiritual negro: "Finalmente livres! Finalmente livres! Obrigado, Deus Todo Poderoso, somos finalmente livres!".

Discurso proferido por Martin Luther King em Washington D.C a 28 de Agosto de 1963

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Hip-Hop De La Soul




Os De La Soul são um grupo Hip-Hop formado em 1987 em Long Island, New York. As suas musicas caracterizam-se pela fusão entre hip-hop e jazz e o hip-hop alternativo. Fazem parte do grupo Kelvin Mercer, David Jude Jolicoeur e Vincent Mason.
O álbum de estreia do grupo foi 3 Feet High and Rising onde mostraram musicas inovadoras. Clique para mais informações sobre os De La Soul.

Aqui fica uma música dos De La Soul, Me Myself and I.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cinema- Jungle Fever




Aqui fica uma sugestão doutro filme de Spike Lee, Jungle Fever (em português A Febre da Selva) .


Este filme, aclamado pela crítica, explora as consequências das provocações nas relações inter-raciais. O arquitecto negro, Flipper Purify (Wesley Snipes) inicia um caso amoroso com a sua secretária italiana de classe inferior (Annabella Sciorra), o que leva a que sejam duramente criticados pelos seus amigos, rejeitados pelas suas famílias e evitados pelos seus vizinhos. Com banda sonora original de Stevie Wonder, A Febre da Selva possui um elenco composto por actores vastamente conhecidos, incluindo Samuel L. Jackson, John Turturro, Ossie Davis, Ruby Dee, Lonette McKee, Anthony Quinn (duas vezes premiado com um Oscar® da Academia) e o próprio Spike Lee.

Este filme segue a mesma linha de sentido uma vez que são abordados temas raciais. Neste caso específico, o filme mostra como muitas vezes é vista uma relação inter-racial, e os obstáculos se põem no caminho numa relação entre negros e brancos. De uma maneira muito bem conseguida, na nossa opinião, este filme consegue retratar um conflito racial típico na sociedade dos Estados Unidos da América.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cinema- Do the right Thing


Do the Right Thing (Não dês Bronca, em português) é um filme de 1989 do realizador afro-americano Spike Lee.

Sal (Danny Aiello), um ítalo-americano, é dono de uma pizzaria em Brooklyn, (onde também há um armazém cujos donos são coreanos), juntamente com Vito (Richard Edson) e Pino (John Turturro), que são os seus filhos, além de ser ajudado por Mookie (Spike Lee), um funcionário. Com predominância de negros e latinos, o local é uma das áreas mais pobres de Nova York. Preenchem o seu estabelecimento com fotografias de ídolos ítalo-americanos do desporto e do cinema, o que desagrada muito a sua clientela. No dia mais quente do ano, Buggin Out (Giancarlo Esposito), um activista local, vai até lá para comer uma fatia de pizza e desentende-se com Sal por não existirem negros no Wall of Fame dele. Sal responde que esta parede é só para ítalo-americanos e se Buggin Out quer ver fotos dos irmãos que abra sua própria pizzaria. Notando que não vê nenhum italiano para proteger Sal, Buggin passa o resto do dia tentando organizar um boicote contra a pizzaria. Este incidente trivial é o ponto de partida para um efeito dominó, que vai gerar vários problemas. 
Este filme retrata a tensão racial que existe em alguns bairros norte-americanos e faz reflectir sobre problemas sociais como o racismo e a violência, e a forma como se desencadeiam conflitos raciais (muitas vezes é por pequenos motivos). Além disso, a cultura e costumes de vida dos afro-americanos estão presentes, um exemplo é a musica que Radio Raheem tem a tocar no seu grande rádio. Assim, deste modo Spike Lee conseguiu por no seu filme uma mensagem com bastante valor. No fundo, conflitos destes são desnecessários e, por isso, façam a coisa certa!

Cinema


No nosso projecto não iremos apenas abordar a música africana, também iremos analisar alguns filmes. Filmes esses que, para nós, representam, de forma clara, a vida dos africanos emigrantes ou dos descendentes africanos.
Muitos dos filmes dão-nos várias visões sobre os bairros sociais, sobre a cultura lá desenvolvida e sobre os problemas que africanos enfrentam no dia-a-dia. Além disso, é um modo de representar as origens dos africanos e os seus costumes nos novos países onde estes se encontram.
Consideramos o cinema uma bom instrumento para ensinar às pessoas que os bairros sociais em geral não são apenas compostos por violência mas também por cultura, costumes de populações... Assim, os filmes que iremos analisar e sugerir que assistam, serão, de um modo geral, à cerca da cultura africana desenvolvida em bairros sociais e tudo o que a influencia, com o bom e o mau. Com isto pretendemos, sobretudo, dar a conhecer várias perspectivas ou pontos de vista dos diferentes realizadores.
O cinema muitas vezes representa algo mais do que um modo de entretenimento, é uma forma de mostrar uma mensagem e de alertar e abrir campos de visão às populações.

Música- Jazz



O Jazz é um movimento artístico e musical que teve origem nos Estados Unidos da América. Surgiu no inicio do século XX em Nova Orleães, ligado à cultura africana e às suas comunidades residentes nos EUA e, como tal, as tradições afro-americanas estão enraizadas neste movimento musical.
Este estilo musical caracteriza-se pela incorporação de blue-notes (nota musical utilizada na música de trabalho afro-americana), pela forma sincopada, pela improvisação e o swing. Além disso, é utilizada a polirrritmia e a chamada-resposta. O instrumental é essencial no Jazz, sendo que os instrumentos mais utilizados são saxofone, tuba, piano, trombone, contra-baixo e baterias vocais.
O Jazz foi evoluindo em diversos estilos ao longo do tempo como o swing, bebop, hard bop, cool jazz, free jazz, a fusão do jazz com o rock etc.

Para mais informações sobre Jazz clique aqui.

Aqui fica uma Música de Ella Fitzgerald A tisket A tasket.



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Música- Hip-hop


O Hip-Hop é um movimento cultural que nasceu nos EUA, no final da década de 70 em bairros com menores condições e com muitas injustiças. Porém, o Hip-Hop é, por vezes, conhecido como um género musical, mas não é só um género musical. O Hip-Hop é toda uma cultura criada para lutar e se afirmar face a uma sociedade cheia de injustiças, é digamos uma “cultura de rua” que reivindica justiça e igualdade a todos os níveis.

Esta cultura tem 4 pilares: O Mc que é de certa forma o porta voz da mensagem pretendida, o Dj que acompanha o Mc ou toca a solo através de instrumentos que criam sons com grande ritmo e sonoridade, o breakdancer que representam o lado da dança da cultura Hip-Hop com vários movimentos improvisados e enérgicos e, por fim, existem os writers, que estão ligados às artes plásticas urbanas já que não são aceites por todos como artistas. Estes fazem e representam as suas ideias com os variados desenhos que nos é possível ver na rua.

Assim se desenvolve a cultura Hip-Hop. Se no passado custou a ser aceite, tem vindo nos últimos anos a ganhar bastantes adeptos mesmo que ainda exista vários entraves como acontece por exemplo em Portugal.

Aqui fica uma música de Fuse, um Mc português, nesta música Fuse fala da importância do Hip-hop na sua vida.
Fuse- Juntos Como um Só


Música- Soul


Boas! Para vos dar a conhecer melhor o nosso trabalho hoje iremos falar um pouco da música que se contextualiza com o tema do trabalho.
Os géneros ou estilos musicais abordados serão Os Blues, desde o Soul ao Jazz, do Hip-Hop ao Reggae... Daremos preferência às músicas em português, e às músicas que têm um carácter interventivo e que se enquadrem de acordo com os nossos gostos.

Soul-
A palavra Soul significa Alma em português. É um género musical que se iniciou no final da década de 50 e no inicio da década de 60 nos Estados Unidos da América. Teve influência rhythm and blues e do gospel, e é um género de African Music, ou seja, o Soul tem origem nos africanos ou descendentes de africanos que viviam emigrados nos Estados Unidos.
Este género apareceu numa altura de vários movimentos liberais, e sendo assim serviu para representar os negros e as suas reivindicações/direitos.
A música Soul caracteriza-se pelo ritmo e pela interacção entre o vocalista e o grupo coral, além disso é normal a existência de uma grande interpretação dramática por parte do vocalista. A nível instrumental a melodia é rica em improvisos de vários instrumentos. De um modo geral no soul o mais importante é a harmonia que existe entre o vocalista e os instrumentos, pretendendo criar músicas completas em que tudo é valorizado.
Para mais informações clique aqui.


Deixamos-vos a música Respect de Otis Redding.






sábado, 9 de janeiro de 2010

O Nosso Projecto


Criámos este blog com o intuito de mostrar o projecto que estamos a realizar na disciplina de Área de Projecto do 12º ano da Escola Lima de Freitas.

O tema do nosso projecto prende-se com cultura africana desenvolvida nos países de emigração, ou seja, como esta se insere nas culturas ocidentais (EUA e Portugal, mais concretamente). No fundo pretendemos relacionar a essa cultura desenvolvida com os problemas de inserção social e histórico-cultural. O nosso objectivo é fazer um estudo comparativo, crítico e informativo em relação à intersecção das culturas africana e ocidental, de modo a compreendermos o emergir de várias culturas de fusão.

Para desenvolver o projecto, iremos analisar sumariamente o processo histórico da cultura africana desde o seu primeiro contacto com as culturas ocidentais (desde os descobrimentos até aos nossos dias). Além disso, explicitaremos as suas raízes e costumes de forma a esclarecermos algumas das novas culturas surgidas.
Mais concretamente, iremos abordar os diversos pontos culturais derivados de africanos desde a sua música (Blues, Soul, Jazz, Hip-hop...), a literatura desenvolvida também por emigrantes africanos e o seu cinema de intervenção racial que surge para divulgar o contexto de problemas sociais em que as culturas de rua se vão desenvolvendo. Alguns filmes de Spike Lee mostram essa realidade e pretendem lutar pela igualdade de raças e culturas.

Assim, em síntese, vamos dando a conhecer o nosso projecto ao longo do blog.
Até Breve!